O tecido adiposo – a gordura presente no nosso corpo – é uma fonte muito rica de células estaminais mesenquimais. Estas células conseguem diferenciar-se em vários tecidos músculo-esqueléticos, como o osso e a cartilagem, estimulam a regeneração de outros tecidos, e têm a capacidade de regular a atividade do sistema imunitário, características que lhes conferem um enorme potencial terapêutico(1).
Por este motivo, a sua utilização tem sido investigada no tratamento de uma ampla gama de doenças, nomeadamente doenças musculoesqueléticas, cardiovasculares e autoimunes. Em 2019 contavam-se já cerca de 300 ensaios clínicos com o objetivo de testar a utilização do tecido adiposo em medicina regenerativa, 80% dos quais com células do próprio indivíduo(2), para garantir a compatibilidade total entre as células administradas e o doente.
Algumas doenças tratadas no âmbito destes estudos experimentais são a osteoartrite, a doença de Alzheimer, fraturas ósseas, feridas crónicas, disfunção eréctil, fístulas perianais decorrentes da doença de Crohn, isquémia crítica dos membros, enfarte do miocárdio, e ainda doenças autoimunes, como esclerose múltipla, artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistémico.
É possível colher tecido adiposo de forma simples e minimamente invasiva, durante um procedimento de lipoaspiração, sendo posteriormente processado em laboratório e criopreservado (congelado a temperaturas muito baixas), para que possa ficar disponível para posterior utilização.
O Lipostem é um serviço médico na qual as células estaminais do tecido adiposo, obtidas após lipoaspiração, são criopreservadas para utilização no tratamento de doenças futuras.
As células estaminais do tecido adiposo encontram-se em estudo para um vasto conjunto de patologias. Assim, a sua criopreservação enquanto se é saudável pode ser considerado como um seguro biológico que pode ser acionado em caso de necessidade.
A todos os que pretendam submeter-se a um procedimento de Lipoaspiração ou Lipoescultura/ Lipofilling.