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Células estaminais com potencial para tratar insuficiência cardíaca – Resultados de um ensaio clínico

Foram recentemente publicados, na revista The Lancet, os resultados de um ensaio clínico de fase 2, que testou um tratamento com células estaminais autólogas em doentes com insuficiência cardíaca.

Células autólogas da medula óssea com resultados positivos em doentes com insuficiência cardíaca.

A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração fica debilitado e deixa de ter capacidade de bombear o sangue em volume suficiente para satisfazer as necessidades dos diferentes órgãos. É uma doença que afeta principalmente pessoas mais velhas, sendo a principal causa de hospitalização de indivíduos com mais de 65 anos e estando associada a uma elevada mortalidade. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2014, as doenças circulatórias continuaram a ser a principal causa de morte em Portugal. As causas para a insuficiência cardíaca são variadas, não existindo atualmente tratamentos eficazes para parar a progressão desta doença.

Neste contexto, um grupo de investigadores desenvolveu um ensaio clínico de fase 2 com o objetivo de testar a eficácia e segurança de um produto baseado em células estaminais mesenquimais da medula óssea (o Ixmyerlocel-T) para o tratamento de insuficiência cardíaca associada a cardiomiopatia dilatada isquémica.

O Ixmyerlocel-T é um produto celular obtido a partir da medula óssea do próprio doente, contendo células mesenquimais e macrófagos tipo 2 expandidas em cultura, com capacidade para regenerar o músculo cardíaco e reduzir a inflamação.

O ensaio clínico incluiu 126 doentes terminais (para quem um transplante de coração era a única opção) que foram divididos em 2 grupos de forma aleatória. Um grupo recebeu uma injecção de Ixmyerlocel-T no endocárdio e o outro grupo recebeu placebo. Os doentes foram depois seguidos ao longo de 12 meses tendo sido avaliados aos 1, 3, 6 e 12 meses.

Os investigadores verificaram que, ao fim dos 12 meses após o tratamento, os doentes que receberam as células provenientes da sua própria medula óssea mostraram uma menor taxa de morte e de hospitalização por insuficiência cardíaca, que se traduziu numa redução de cerca de 37% da incidência de episódios cardiovasculares nestes doentes, quando comparada com os doentes que não receberam as células. Verificaram ainda que estes doentes tinham uma menor incidência de efeitos adversos e complicações do que aqueles tratados com placebo.

Os autores concluem que a injeção de Ixmyerlocel-T no miocárdio parece ser eficaz na redução dos principais efeitos adversos associados à insuficiência cardíaca relacionada com a cardiomiopatia isquémica.

O grupo pretende confirmar estes resultados através da realização de um ensaio clínico de fase 3 para determinar se esta terapêutica poderá vir a constituir uma alternativa aos tratamentos atuais para a insuficiência cardíaca terminal.

Fonte: https://www.sciencedaily.com/releases/2016/04/160404180956.htm