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Obtido o primeiro membro em laboratório com potencial para ser transplantado – estudo em modelo animal

Um grupo de cientistas conseguiu obter em laboratório um membro posterior de rato totalmente orgânico dando mais um passo na área da medicina regenerativa para obtenção de órgãos completos.

Em todo o mundo existirão mais de 20 milhões de doentes amputados. A utilização de próteses mecânicas é uma opção para muitos destes doentes que, apesar de poderem ser altamente sofisticadas, apresentam algumas limitações, quer a nível funcional, quer a nível estético. A partir de 1998 o transplante de mão de um dador tornou-se uma opção para alguns destes doentes, tendo até ao momento sido realizados cerca de 70 transplantes. No entanto, apesar de os resultados serem positivos, os riscos e efeitos secundários do transplante e a imunossupressão contínua levantam vários problemas. A obtenção de um órgão autólogo por bioengenharia poderia resolver estes problemas.

Neste contexto, foi recentemente publicado o resultado de um estudo desenvolvido com o intuito de averiguar a viabilidade de se utilizar a matriz extracelular (tecido de suporte que confere estrutura – o “esqueleto”) de um dador como suporte para obter um membro constituído por células autólogas (do doente). Os investigadores utilizaram um processo de descelularização (remoção das células do tecido) que removeu as células de membros anteriores de ratos, o que permitiu manter a matriz dos vários tecidos que o compõem, mantendo a relação entre cada um. Numa segunda fase, foram inoculadas células estaminais mesenquimais, células endoteliais e células progenitoras de músculo de ratos resultando na formação de tecido muscular vascularizado.

Os membros obtidos foram depois testados funcionalmente através de estímulos elétricos, verificando-se a sua contração com cerca de 80% da força normalmente observada num animal recém-nascido. Posteriormente os membros foram transplantados para ratos verificando-se o funcionamento do sistema vascular (os vasos sanguíneos encheram de sangue, que continuou a circular) e do sistema muscular (a estimulação elétrica dos músculos levou a flexão das articulações do membro transplantado).

Para averiguar se a técnica era viável numa escala maior (mais próxima de doentes humanos), os investigadores descelularizaram o antebraço de um babuíno, verificando também neste caso que era possível remover as células dos vários tecidos (osso, músculo, tendões, pele, tecidos subcutâneos e fibras neurovasculares) mantendo a estrutura, sugerindo que será possível obter membros maiores com esta técnica.

A principal vantagem desta técnica quando comparada com o transplante de órgãos sólidos a partir de dadores, é a resolução do problema da rejeição, não sendo necessária a toma de imunossupressores. Os autores sugerem ainda que o órgão obtido poderá ser transplantado numa fase inicial da reparação e beneficiar da regeneração in vivo, de modo a permitir uma maior maturação funcional.

Apesar destes resultados serem promissores, os autores deste estudo referem que ainda é necessário ultrapassar vários obstáculos até se conseguir obter membros totalmente funcionais que possam ser transplantados em humanos.

Fonte: http://www.news-medical.net/news/20150603/MGH-researchers-develop-bioartificial-replacement-limbs-suitable-for-transplantation.aspx